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Em Braga, a população brasileira teve um crescimento de 137,6%.
A preferência pela capital do Minho esteve em destaque na edição de domingo do jornal que, na primeira página, fala de Braga, como o “novo eldorado dos brasileiros”.

“Dizemos, em brincadeira, que o ‘brasileiro’ é a língua oficial de Braga. Até o clima está mais tropical”, afirmou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal à reportagem de O Globo que foi até ao norte do país saber o que motivou este fluxo de imigração brasileira na cidade minhota.

Entre as razões apontadas para a escolha de Braga para um novo começo estão os “bons serviços públicos, estímulo ao empreendedorismo e segurança”. As rendas mais baixas do que nas grandes cidades e o sistema de incentivos fiscais da autarquia para quem quer investir na cidade também são outros dos atrativos.

O autarca Ricardo Rio afirmou, aliás, que regularmente chegam ao seu gabinete recém-chegados do Brasil que procuram informação para investir ou abrir negócios. “São pessoas com recursos económicos e espírito empreendedor, que procuram o desenvolvimento de um projeto de vida. Quem nos procura é encaminhado para a InvestBraga, uma agência pública de consultoria gratuita para a concretização do negócio”, concretiza o presidente da Câmara Municipal de Braga. ~

Devido ao aumento da imigração e da procura de imóveis, o preço das rendas acabou também por acompanhar esta tendência. Mas há mais sinais associados à vaga de “imigração constante”, como a falta de vagas para agendar concessão e renovação de autorizações de residência no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
“Ganho mais do que um médico”, diz brasileira, dona de um salão de cabeleireiro em Braga
Entre os casos de sucesso, O Globo conta o de Isabella Guedes que sente necessidade de expandir o seu salão de cabeleireiro, uma vez que não tem mãos a medir com tanta clientela, 95% brasileira. Teve um aumento de 82% de faturação em relação a janeiro.

“Eu ganho mais do que um médico. São 10 clientes por dia, além da manicure”, relata ao jornal a empresária que deixou o seu salão de cabeleireiro em São Paulo para rumar até Braga.
Mas nem todos os imigrantes têm possibilidades de se lançarem num negócio em Braga, como sucedeu com Bruno Madeira. Farto da violência do Rio de Janeiro, decidiu deixar a cidade carioca e a profissão na área do turismo para começar do zero na capital do Minho. Foi parar na colheita de mirtilos e trabalha agora numa fábrica.
Enquanto verifica-se um crescimento em Braga, o cenário é inverso em Lisboa. A publicação salienta, com base nas estatísticas do SEF, que a capital perdeu quase 10% dos residentes brasileiros regularizados nos últimos 10 anos e atualmente tem 43 066.

Fonte:DN